Originalmente com 24
integrantes, selecionados em audições conduzidas por Marcos Leite, Nestor de
Hollanda Cavalcanti e Regina Lucatto, o grupo Garganta Profunda, então alcunhado a Orquestra de Vozes A Garganta
Profunda, faz sua estréia em 5 de março de 1985 no Jazzmania, casa de shows em
Ipanema.
Regido por Marcos Leite e com
direção musical de Nestor de Hollanda Cavalcanti, velhos parceiros desde o
Coral da Cultura Inglesa, o grupo consegue rapidamente grande projeção no meio
coral, graças ao prestígio de seu regente e a originalidade e teatralidade de
suas interpretações.
Lança seu primeiro disco em vinyl
independente, com o nome do grupo e gravado com os integrantes originais sob o
selo da produtora Arco e Flecha, em março de 1986. O disco viria a ser
escolhido com um dos 10 melhores de 1986 pelo crítico Tarik de Souza, do JB.
Neste mesmo ano é convidado
pela Funarte a gravar um disco com a obra do compositor Braguinha. O disco Yes,
Nós Temos Braguinha é lançado no ano seguinte, por ocasião da comemoração dos
80 anos do compositor, e a temporada de lançamento, na sala Funarte-Sidney
Miller, é um extraordinário sucesso de público, o que motiva a Funarte a convidar
o grupo a participar do projeto Pixinguinha em uma turnê nacional, dividindo o
palco com Les Étoiles, duo brasileiro radicado na França.
De volta ao Rio, o grupo monta
um espetáculo com as canções eternizadas pelos The Beatles. A autoria dos arranjos
é dividida entre Marcos e Nestor, que havia decidido deixar a direção musical
do grupo. O show, realizado nas areias da praia de Ipanema para um público de
dezenas de milhares de pessoas, é destaque nas mídias impressas e televisivas
cariocas e merece menção como destaque no livro do ano da Encyclopaedia
Britannica.
A partir de 1989, o grupo
entra em uma rota de profissionalização definitiva nos palcos nacionais,
conseguindo patrocínios importantes e mantendo uma agenda de shows repleta,
fazendo, até 1994, cerca de 120 apresentações, em média, por ano.
Neste período mantém também
uma formação estável, que ainda perdura na memória de seus fãs. São sete
cantores (Kristine Stenzel, Kátia Lemos, Regina Lucatto, Dagoberto Feliz, Celso
Branco, Jorge Sá Martins e Pedro Lima) apoiados por uma base instrumental
(Marcos Leite, piano, Jorge Sá Martins, baixo elétrico, e Lauro Júnior,
bateria), numa formação típica de grupo vocal.
Assina contrato com a
gravadora Companhia Industrial de Discos - CID, pela qual lança dois discos.
Percorre grande parte do país, apoiado por um patrocínio doBHU, e conquista legiões de
admiradores. Os espetáculos ganham conteúdo teatral mais consistente, com a
direção cênica de Pedro Paulo Rangel e a iluminação de Aurélio de Simoni. Em
1994 grava seu trabalho musical mais requintado do período, celebrando o movimento
tropicalista, já pela gravadora Albatroz.
Em 1995, o grupo fica reduzido
a cinco integrantes: Marcos, Katia, Regina, Celso e Pedro. Perde nas
possibilidades teatrais, mais facilmente realizadas com um número maior de
integrantes, mas ganha em definição musical. Neste período, por opção
profissional, reduz sua exposição nas casas de show, mas consegue mostrar seu
trabalho no exterior (Argentina, França e Itália).
O álbum Deep Rio é escolhido
pelo prêmio Sharp como melhor do ano em sua categoria. O grupo incorpora mais
um integrante, Fabiano Salek, filho de Marcos e competente percussionista, e
ganha em Mauricio Detoni um substituto para Pedro Lima, que deixa o grupo para
investir em seu trabalho solo.
No final de 2001, Marcos
adoece subitamente, vindo a falecer prematuramente em janeiro de 2002.Com a
perda de seu líder e ideólogo, o grupo se volta para sua sucessora natural,
Regina Lucatto. Competente cantora e regente, Regina mantém a qualidade e a
personalidade do grupo.
O jovem multi-instrumentista e
cantor Marcelo Caldi é escolhido para recompor a formação musical do grupo.
Contratado pelo Grupo Positivo, o grupo grava um CD de brinde da empresa em
2003. No início de 2009, a Garganta Profunda lança o CD "Quando a Esquina Bifurca",
seu primeiro trabalho autoral.
Berço de grandes
cantores, a Garganta foi o ponto de partida para várias carreiras solo, como as
de Chamon, Ju Cassou, Moska (ex Paulinho Moska) e Pedro Lima, dele também tendo
saído a primeira formação do grupo "Inimigos do
Rei".
A discografia do grupo é
composta pelos seguintes trabalhos:
1. Orquestra de
Vozes A Garganta Profunda (Arco e Flecha, 1986);
2. Yes, Nós
Temos Braguinha (Funarte, 1987);
3. Garganta
Profunda (CID, 1991);
4. Garganta
Canta Beatles (CID, 1993);
5. Vida, Paixão
e Banana Garganta Canta Tropicália (Albatroz, 1995);
6. Deep Rio
(Independente, 1998);
7. Chico e Noel
em Revista (Independente, 2000);
8. Cantando a
História (Grupo Positivo, 2003);
9. Quando a
Esquina Bifurca (Rob Digital, 2009)
Fonte:
Wikipédia, out.2014
Nesta postagem, apresentamos o álbum "Canta Beatles Ao Vivo", lançado no Brasil, em 1993, pela gravadora Companhia Industrial de Discos - CID. Apesar do título do álbum se referir as composições dos Beatles, na seleção constam duas canções que não fazem parte do repertório dos integrantes do grupo, sendo as músicas Monday, monday e Aquarius, tendo sido respectivamente lançadas no original pelos grupos Mamas and Papas e 5th Dimension.
A formação do grupo nesse álbum era composta de Kristine Stenzel (soprano), Kátia Lemos (mezzo soprano), Regina Luccato (contralto), Dagoberto Feliz (tenor), Celso Branco (tenor), Jorge Sá Martins (barítono e baixo elétrico) e Pedrão (baixo e sax soprano). Além dos citados, participaram Marcos Leite (piano e teclados) e Lauro Júnior (bateria)
As canções que compõem esse disco são as seguintes:
1. Abertura / Hey Jude;
2. If I fell;
3. Help;
4. Monday Monday;
5. Aquarius;
6. The long and winding road;
7. Oh! Darling;
8. Sgt. Pepper's lonely hearts club band;
9. Lucy in the sky with diamonds;
10. When I'm 64;
11. Blackbird;
12. The fool on the hill;
13. Imagine;
14. My love;
15. All you need is love.
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